II
E ali, naquele corpo, onde antes havia vida.
Espirito, fôlego, vida.
Agora há o vazio.
O coração ainda bate,
o peito move-se em uma respiração forçada.
Mas não existe brilho no olhar,
A pele queima,
as mãos tremem.
Mas não há pensamento algum,
É um corpo vazio.
E, até aí, ainda resta em mim,
uma gota de esperança.
Até parar.
E ela morrer.
Ela morrer,
A esperança se foi,
é passageira,
como a vida.
como a morte.
Se foi.
E agora o vazio é em mim.
Escritor Anônimo 29/09/2016
Como faço para publicar nesse blog?
ResponderExcluirOlá Vicente, tudo bom? Você pode mandar por email (escritoresanonimos.1@hotmail.com) ou deixar seus escritos nos comentários que será repostado no blog!!
ResponderExcluirEscrevi um texto tentando expressar o que vou tentar aqui, mas ficou muito grande, e não parece conveniente tentar mostrar algo tão simples com tantas palavras. O fato é que o que eu quero dizer está além das palavras, além do que pode tocar o pensamento. Pensamento é que se converte em palavras, não a vida.
ExcluirQuem puder notar, note, o simples já foi dito, a verdade está aí. Falo do amor. Mas o que eu precisamente quero dizer, digo logo, pra acabar com esse mistério. E é o seguinte: acho que talvez seja melhor pra mim e pra todos que se arrume uma nova palavra pra expressar o que eu entendo do amor, porque "amor" está tão azedo que o termo já conjura o sofrimento de pensar em dizê-lo. Em qualquer idioma. Love, amour, amor, liebe, amore, em qualquer idioma. É amor pra cá, amor pra lá, amor pra quem quer beijar na boca, amor pra quem quer dormir na mesma cama, amor pra quem escolhe controlar e punir, amor pra qualquer coisa onde não há a menor presença dele, e tudo aquilo que insistentemente chamam por esse nome é claramente - a quem pode ver - egoísmo e brutalidade. Onde amor seria sinônimo de dor e sofrimento? Entenda, faça um esforço, onde amor alimenta o apego e a discórdia? Onde por amor se mata, se destrói, se cria confusão e dores na alma? Não! Não! Não! Isso não é amor! Desejar a alma de outra pessoa não é amor. Competir não é amor. Proteger com violência não é amor - nem proteção. Tudo isso está tão longe de ser amor, tão longe! É tão difícil perceber? Ainda que perceba, de que adianta ser tocado por um punhado de palavras se na primeira oportunidade de satisfazer os próprios vícios não se evita um "eu te amo" naquela ânsia de acorrentar a presença de outra pessoa? Mas quando um anônimo vai conseguir deixar isso claro, não é? O amor é o paraíso inalcançável aos impuros, arrogantes, vaidosos, orgulhosos, ciumentos, violentos, mesquinhos, gananciosos, orgulhosos, bárbaros. Quem ama não machuca, nem a si nem a ninguém. Assim, pra que fale a mesma língua todos os que amam e os que não amam, seria interessante haver outro nome pro amor. Até há, é verdade, mas se eu tentar dizer que amor é paz, plenitude, compaixão, coragem, felicidade, esse texto vai ficar tão grande quanto o outro.
Olá querido anônimo, seu texto já foi publicado no blog. Obrigado por compartilhar conosco.
ExcluirSEMPRE E NUNCA
ResponderExcluirComo expressar o que sentimos e pra quem fazer isso quando o como e o pra quem já não faz sentido. Diversas vezes pediria apenas um dia com você novamente. Mas penso que não suportaria quando tudo terminasse novamente – desejaria ir com você no sono do fim. Às vezes queria acreditar que você está cuidando de mim de algum lugar. Embora seja uma mera credulidade enganosa, gosto muito de pensar assim. Você me diria pra parar de ser besta, viver a vida e dar valor a quem está do meu lado. Além disso, me diria que nunca foi tudo isso que eu fico fantasiando e que é melhor aceitar que tudo acabou. Mas eu sou teimoso por necessidade de querer você. Sabe, já aceitei a ideia de que nunca mais será minha - já aceitei, eu admito. No entanto, concordar com essa realidade já não me passa pela garganta. Eu queria você pra sempre – fiz tudo pra ter você, tudo mesmo, você se lembra? Lembro-me de você dizendo que eu era aquilo de melhor que você sabia que um dia encontraria quando do fim do seu antigo relacionamento. Às vezes me torno hipócrita em dizer que algumas palavras nunca deveriam ser usadas assim como o sou quando uso a palavra ‘nunca’ ou quando me arrisco em dizer um infalível ‘sempre’. Mas quando me pego a lembrar de você indo embora pra casa, no primeiro banco do ônibus, dizendo com suas mãos que me amava com um gesto só nosso, confesso que amo ser o hipócrita mais culpado do mundo. Não me furtaria em dizer com plena certeza de que nunca amei ninguém além de você e que nosso amor foi feito pra durar pra sempre. Dessa forma, na mais profunda angústia dos meus sentimentos, deixo aqui expressa a mais clara evidência de que sou o mais culpado de todos, o mais hipócrita de todos os amantes, réu confesso quando afirmo que o SEMPRE realmente NUNCA acaba.
Olá querido anônimo, seu texto já foi publicado no blog. Obrigado por compartilhar conosco.
ExcluirBoa tarde, muito bom sua iniciativa. Tenho um blog, onde escrevo com os dedos, com a alma e com o coração. Caso tenha curiosidade, http://vinteeoitodemaio.blogspot.com.br/
ResponderExcluirOlá Leonardo. Obrigado, que bom que você gostou. Adorei seu blog. Parabéns.
ExcluirÉ que eu me apeguei tanto,eu sim sabia que nada valia a pena.Sim eu sabia que as pessoas voam como o vento que hoje sopra em minha janela.É e eu sofri tanto,sim eu sabia que não deveria chorar pois meu pranto de nada adiantaria como um guarda chuva em uma tempestade de granito.Mais eu sofri,eu me apaguei e no fim chorei e não escondi minha dor.Sim eu sabia que ninguém a não ser eu tinha culpa pelo que estava sentindo.Sim eu sei que sabia de tudo mas no fundo eu nada sabia eu apenas vivia. Com meu sofrimento,meu choro,meu apego e minha dor.Mas eu sorria porque bem no fundo eu sabia.Sabia sonhar Sabia ler,Sabia escrever e o melhor de tudo,por incrível que pareça eu sabia fazer uma coisa que poucos sabem. Eu sabia viver
ResponderExcluirOlá. Seu texto querido anônimo já foi publicado no blog. Obrigado por compartilhar conosco.
ExcluirQue texto lindo!
ResponderExcluirPara publicar basta colocar o texto aqui? Gostaria de opiniões, não sei se viajo demais nos meus textos. Obrigada (:
ResponderExcluirCoda
Estou afundando. Não consigo enxergar direito, vejo apenas a luz do sol que incide na água, fazendo as pequenas gotículas de ar reluzirem. Estou cada vez mais deslizando para o fundo, para a escuridão, para longe da luz. Tudo que ouço é o barulho do mar, abafado e distante. Tento respirar, mas não encontro ar para meus pulmões. Vou cada vez mais baixo, mais profundo, mais escuro... a luz fica cada vez mais longe. Meu coração tenta inutilmente bombear sangue quente para meu corpo gélido, mas não funciona direito. Todo meu corpo tenta por uma última vez, num ato tolo de desespero, me fazer viver. Alguma força desconhecida me puxa para baixo, como se tivesse um peso em meu peito. Como um ser prestes a morrer, meu peito dá seu último suspiro, cansado de se debater e com um desejo mórbido de desistir. Sem mais querer resistir, me rendo ao cansaço do meu corpo, com fios de cabelo entrecortando minha visão do último resquício de luz. Não luto mais. Não tento mais subir. Agora apenas afundo, cada vez mais rápida e graciosamente, deixo o mar me puxar para suas entranhas. Agora a luz é apenas um ponto brilhante e tênue, ao longe, que mal consigo ver. Com olhos cansados, encaro o pequeno brilho distante com apenas um vestígio de desejo, um desejo esquecido. Meu corpo inteiro fica mais leve e meus olhos piscam lentamente até se fecharem por completo e o brilho desaparecer. Sinto a água roçar em minha pele cada vez menos sensível, brincar com meus cabelos os levando de um lado para o outro, como numa dança suave e graciosa. Então ouço algo ao longe. Abro meus olhos com o susto repentino e o brilho distante continua lá. O som está longe e abafado, mas está lá. Era um som doce, quente, melódico e suave. Acariciava os ouvidos, dançando graciosamente entre as notas, cheio de ternura e sutileza. Um som delicado, que transbordava harmonia e serenidade. A esperança em meio ao caos. A vida em meio a morte.
Era o som da vida.
Com todos meus sentidos desvanecendo aos poucos, o som residia em meu corpo como o último sinal de vida ali. Estava perto, tão perto... parecia estar bem ao meu lado. Não, não ao meu lado, em mim. Como uma grande onda, invadiu minha alma preenchendo tudo que estava vazio, ocupando todos meus sentidos, pensamentos e sentimentos. Não pude pensar, apenas sentir. Meu corpo vibrava, e o som melódico e doce ativou algum vestígio da ânsia pela vida. Então, junto com uma batida rítmica da melodia, meu coração pulsou novamente. De alguma maneira, meu corpo puxou o calor da fogueira que habitava em meu interior, acesa pela música. Sangue quente bombeava para meu corpo e meus sentidos voltavam, mas apenas acrescentavam ao invés de tomar o lugar da música. A música agora estava em minha pele, em meus olhos, em minha mente, em meu sangue, correndo por todo o meu ser. Então, subitamente meu peito se inflou, trazendo uma lufada de ar para meus pulmões insípidos e meus olhos se abriram por completo. Meu corpo continuava leve, mas não afundava mais. Na verdade, agora eu era puxada para cima, lenta e suavemente. A luz brilhante ficava cada vez mais brilhante e a escuridão soltava suas garras de meu corpo. A música corria em minhas veias, fazendo meu corpo emanar vida. Emanar vida e música, pois eu já não mais sabia distinguir as duas. A luz ficou cada vez mais próxima e mais quente e mais brilhante e perto, tão perto... Meu corpo irrompeu pela água, banhado pela harmoniosa e delicada luz solar. A luz era quente e serena. Viva novamente. Não por causa do ar, ou do sangue ou do calor. Mas por causa da música carregada de esperança. Apenas por causa da música, o toque mais sútil da vida e sua tentativa final de perdurar.
Olá. Sim, basta mandar o texto pelo comentário que publico no blog. E não, você não "viajou", seu texto é muito bom e parabéns.
ExcluirEle já foi publicado no blog e agradeço muito por tê-lo compartilhado.
. Teu Legado
ResponderExcluirSinto que preciso desabafar
Sinto que preciso chorar
Sinto que... Sinto?
Não.
Sorria.
Mascare-se.
E viva a felicidade falsa!
Que no enterro de tua desgraça...
É o que será comentado.
P.C
Como posso começar tudo? Eu sinceramente não sei, não sei o que virá a partir deste prenúncio, se é um poema, uma crônica sobre minha vida ou sobre o que sinto, não sei, mas sei posso afirmar que o que estiver transcrito em meio a labirintos de palavras, terão sua identidade própria, eles serão com o mais puro sentimento de um sonhador apaixonado, translúcido de vontades, vontades das quais quero ter com a dona de meu coração.
ResponderExcluirEm “Vida sem sentido” já foi questionado o que leva a vida a ter um sentido, e em meio a tantas coisas que direcionam isso, eu consegui encontrar o que me direcionou, e hoje falo sobre o amor, ah, o amor… hoje finalmente posso dizer que o conheci! Mas tantas pessoas se perguntam ao longo de suas vidas, inclusive eu… o que é o amor?
Um sentimento puro para os quais o possuir, tão puro a ponto de ser capaz de transformar sua noite em dia, seu frio em calor, capaz de transformar vidas, capaz até mesmo de transformar o mundo, assim como transformou o meu. Tão verdadeiro e sublime, protagonista de corações que inclusive por mim, foi tratado como uma utopia inalcançável, uma coisa que estava caindo em esquecimento, que não existia, que era somente… uma “mentira”
Justamente em meio a minha noite, você, sim, você mesma, soube iluminar e me fazer conhecer o verdadeiro significado do que é o amor, tão capaz de fazer isso com singelo jeito delicado e delicioso de ser, que me fez acreditar novamente que viver vale a pena, e cá entre nós, como é bom amar uma pessoa em sua plenitude, uma sensação tão intensa, diferente de tudo aquilo que um ser um humano possa sentir! São dizeres tão verdadeiros, que posso afirmar a qualquer um que mesmo sem meu coração estar feliz, sempre tudo que aqui é dito, é pelo sentimento que existe.
Como em tudo em nossas vidas, as coisas não são somente um mar de flores, amar também é sofrer, sofrer por amor, sofrer por antecipação, sofrer por saudade, sofrer por ciúmes, sofrer por tudo aquilo que faz ter sentido em sua vida, e isso é embaraçoso, mas também é tão verdadeiro, que faz com que em meio a tudo que há de ruim, o que é bom, prevalece.
Tudo é tão único, que cada um tem seu jeito de amar, não há protocolos, não há regras, apenas adrenalina do começo ao fim, fim que só chegará com o falecimento carnal, e o sentimento? Ele fica, porque ele é verdadeiro, eterno.
Sabe o que é mais engraçado? Todo texto tem seu começo, meio e fim, este é diferente, tem seu próprio gênero atemporal, portanto, afirmo-te que este texto, é apenas um prólogo do que é o meu amor por você, não existe um fim.
Em todos os textos que já escrevi em minha vida, sempre fui um personagem, personagem do qual ninguém sabia seu real sentido. Hoje faço diferente, não sou um personagem, hoje sou eu, amante a escritor de poemas, humano, homem, apaixonado, e tudo aqui que foi dito, é uma dedicatória feita a ti, com horas e horas de pensamentos, buscando o melhor encaixe, o melhor sentimento em palavra. Hoje saio de trás de um papel e a ele me junto para chegar até você com seu devido cuidado, e com o mais “eu” com você. Eu te amo, sempre serei grato a você independente de tudo o que poderá ocorrer em minha vida mediante aos dias que estarei pisando na terra, saiba que independente de tudo, eu, estarei sempre aqui para te dar o maior e melhor suporte possível, serei seu melhor amigo, seu amante, seu amor, tudo para ver um sorriso, o mais lindo que já vi, estampado nesse teu rosto lindo, uma pessoa de coração puro, iluminada. Saiba também, que nem todos os dias são os melhores dias, mas nestes dias também eu penso com carinho em você, me preocupando cada vez mais com o seu ser, o que faz a que deixa de fazer, portanto, tudo que faço, sempre viso o que seria melhor para você.
Todos os textos tem o seu título, e hoje, meu título será você.
Suspensa, instável
ResponderExcluirQue ridículo. Bizarro. Estranho. Numa noite indecisa, pego uma folha de papel imaculada, na expectativa de transmutar minha inquietude. Difícil. Creio não ter habilidades de poetisa. Objetos se movem. Portas abrem e fecham. O mundo gira, em sua ininterrupta órbita. No meu introspecto, a Amanda é vangloriada, cobiçada. Tenho medo de me torná-la, seria desconfortável, um risco à minha vida controlada e previsível. Ela quer sonhar, atingir, inspirar. Minha insegurança age como um pisca-alerta insistente, que dita: "pense outra vez, seja cuidadosa". A Amanda possivelmente se afogaria na soberba e no egocentrismo - maldita inconsequente -, porém eu não gostaria de morrer afogada. É decepcionante e solitário, esquecida para todo o sempre. Ela sussura pacientemente no meu ouvido: tome seu lugar, intimide, devore. Ela me invade, se aproveita da minha indecisão. Diz que devo me expor, como numa caixa de vidro, inalcançável. Aguardo ansiosamente por sua chegada, no entanto eu temo. Ela tem minha imaginação, e, portanto, minha (falsa) experiência. Pálida, a realidade se firma, inferior. Ficarei em casa, afinal. Bem no interior. Meus pés balançam, o coração bombeia incansavelmente a substância escarlate. Pressão externa, de fato. Nada mudou, perdi meu tempo aqui. Inútil. Adolescente idiota, sua vida é muito fácil. Endureça, seja um molde.
Mas por que essa angústia me persegue?!
Estava aqui eu, uma ansiosa vestibulanda, quando me veio o ímpeto de transcrever essa sensação. Por favor, se alguém ler me dê uma opinião sincera. É meu primeiro texto. :)
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